Ensino Híbrido é o futuro da educação, defendem especialistas

21 de novembro de 2018
Para implementar o conceito, colégios devem repensar a organização da sala de aula, o plano pedagógico e a gestão do tempo
 
Blended learning: guarde este nome. Uma das maiores tendências da educação do século 21, o Ensino Híbrido, como o conceito foi batizado no Brasil, veio para revolucionar as salas de aulas de todo o mundo ao combinar o ensino presencial com o ensino online, misturando educação com inovação. 
Engana-se, no entanto, quem pensa, com isso, que bastam computadores junto às carteiras para configurar que um colégio já adotou o Ensino Híbrido em suas instalações. Isso porque o uso da tecnologia nesta concepção tem foco na personalização das ações de ensino e de aprendizagem, fornecendo aos educadores formas de integrar o digital ao currículo escolar.

“O Ensino Híbrido é o futuro da educação”, acredita Julia Freeland Fisher, diretora para educação da entidade sem fins lucrativos think tank Clayton Christensen Institute, que estuda a inovação em diversos setores. Segundo ela explica, o conceito descreve a fusão de experiências de aprendizagem flexíveis e online dentro de escolas “feitas de tijolo e argamassa, que ainda contam com comunidades presenciais, interações sociais e cuidados para os estudantes”.
Fisher explica que existem até sete modelos diferentes de Ensino Híbrido sendo estudados no mundo, e que todos, sem exceção, permitem a movimentação dos alunos de maneira mais flexível através do aprendizado, além de garantir mais tempo aos professores para que eles instruam grupos menores e mais direcionados. 

Para Lucas Lamosa, coordenador pedagógico do Colégio Liceu Santista e especialista no assunto no Brasil, alguns fatores podem colaborar para que a proposta seja bem-sucedida. “É importante checar a infraestrutura, saber se a instituição dispõe de recursos tecnológicos e internet estável. A equipe docente também deve estar preparada para uma nova concepção de sala de aula e para as mudanças na atuação do professor e do aluno”, avalia.
Além disso, Lamosa enumera a gestão, que precisa estar aberta e validar o novo processo de aprendizagem, o bom planejamen to de aula e sequências didáticas, a integração das metodologias ativas nas práticas pedagógicas, e a certeza de que a tecnologia estará integrada ao currículo.
“É preciso ter claro como os alunos aprendem, saber o ritmo, o tempo, o modo e o local, vislumbrando condições para a personalização do ensino”, finaliza.
 
TAGS: Ensino Híbrido, Lucas Lamosa, Liceu Santista, Julia Freeland Fisher, Tecnologia.

Jornalista responsável: Marcella Franco
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